quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Julia Burger - Apresentação e síntese das conduções das mesas redondas


15/12/11 – RELATO ESCRITO POR JULIA BURGER
ÉTICA | EQUIPAS
Apresentação e síntese das conduções das mesas redondas. Elisa Marques, Fátima Alves e Rosário Azevedo

1. Rosário Azevedo (ICOM-CECA)
Nas duas mesas não houve conclusões. Houve muito debate. E um processo muito aberto: o de mediação.
Nos fez pensar que ainda há muito por fazer nesse campo. Existe muito pouca bibliografia nesse assunto.
Ainda há muito para conversarmos, publicarmos, etc.
Tentamos alcançar um sinónimo para a palavra mediador e pensamos em facilitador o que sugere que o processo, a compreensão é dificil.
Pensamos que também o termo professor não substitui o mediador.
São campos próximos, mas distintos.
O professor ou educador também não é um mediador porque vive em um outro campo.
Discutimos sobre o papel do mediador como intermediário, mas consideramos que não precisa intermédio entre obra e público.
No âmbito da arte contemporânea a participação do sujeito em relação à obra é fundamental.
Surgiu também o termo “catalisador”, pensando na reação química, na relação entre mediador e público.
A ética tem que estar em todo o processo e as questões éticas tem que estar presentes em todos os momentos.
Isenção: será que o mediador tem que estar isento?
Surgiu na fala de uma pessoa de que se o mediador está no meio, está envolvido no processo, ele não tem como estar isento, o que não quer dizer que ele tenha que manipular.
Carácter dialético: falta de isenção e processo emancipatório.
Síntese final: mediador vai direcionar e ajudar no processo do público fazedor de circunstâncias.

2. Elisa Marques
Em nome das artes ou em nome dos públicos? Questões da Equipa, questões dos 3 Es. Equipa – Ética – Erro, numa equipa deve haver Ética. Há projeto? Venha a Equipa.
O conceito de público é igual ao de espectador?
O projeto é uma construção, o fazer de algo: construção, imprevisibilidade, excentricidade, intencionalidade, desafio.
O projeto não era uma linha reta nem várias atividades, é uma intenção. Há uma finalidade, é um somatório.
Equipa: pessoas, objetivo, saber(es), multidisciplinar.
Conjunto de pessoas em determinado contexto, com um objetivos comum. Com diversos saberes que potenciam o conhecimento.
Mediação: intrapessoais, intrumentais, simbólicos.
Não separamos a mediação cultural da escola. Ambos são mediação cultural pois a cultura está dentro da própria escola.
Instrumentais: o que damos aos outros.
Simbólicos: conjunto de meios internos que as pessoas mobiliza para pensar em outros mundos.
Mediação: atingir conhecimentos maiores. Conjunto de circunstâncias para que a pessoa possa ir e vir entre si e o mundo.

Motivação da equipa:
- regras claras (normas)
- autonomia
- aprender
- aceitar o erro
- prazer e entusiasmo (alegria)
- acreditar
- ouvir o outro

Liderança
Há sempre um lider? O líder é um nato?
Categorias de líder: autoritário, laissez-faire, democráticos.
Às vezes tem que ser ou fazer cada um desses papéis.
Coordenar – desenvolver – planear – organizar – avaliar – envolver.
Louvar as pessoas, haver outros mundos, outras distâncias.
Nem em nome das artes, nem em nome dos públicos: em nome da educação.
Questão da educação como um processo. Só uma atividade complexa consegue ser criadora.

3. Fátima Alves (GAM)
GAM (único grupo de pessoas com as quais podemos perceber o que nos falta fazer no nosso espaço).
GAM – grupo de pessoas que trabalhavam em ou para museus.
Faz um convite para que mais pessoas compartilhem o programa.
O GAM se preocupa com o público que não visita os museus.
Afinal o que estamos a fazer para esses públicos.
Quantos pensam em pessoas com deficiêncica.
Fomos 12 pessoas nos dois dias.
Na primeira mesa a maioria das pessoas vinha para ouvir.
Estar com as pessoas com necessidades especiais, nos lugares em que elas estejam.
Temos de aumentar a comunicação com essas pessoas.
Criar, ir para outro terreno.
Conseguir com que eles venham, que esse pública realmente esteja nos museus.
No fundo é quase vender um produto e conseguir que essa pessoa compre um produto.
Estamos desenvolvendo um caminho para que as pessoas que já desistiram de ir a um museu porque tiveram frustração, passe a confiar novamente nessa importância.
Acessibilidade cultural: qualquer pessoa tem que ter acesso a espaços culturais.

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