terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ana Leitão - Comentário às conclusões apresentadas das mesas redondas sobre o Erro

Apresentação das conclusões de mesas redondas sobre o ERRO


Foi um privilégio assistir à apresentação das conclusões das mesas-redondas sobre o tema “erro”, por Maria Vlachou e Stela Barbieri: brilhantes e complementares sínteses, reveladoras de duas  moderadoras muito bem preparadas mas também de trabalho de grupos muito qualificado.

Saliento à partida dois tópicos: o da necessidade de evitar que o erro acontecido (ou receado) seja paralisante do trabalho, tópico comum às conclusões apresentadas por ambas as moderadoras e um outro, o interessante conceito de Errância (o errante como aquele que se aventura), abordado nos grupos de Stela Barbieri.

Elenco agora outros pontos que me parece importante  reter:
Mesas-redondas com Maria Vlachou
- O erro está ligado ao processo, não necessariamente ao sucesso; é uma variável com que temos que contar.
- A paixão pelo trabalho executado pode desencadear erros, ao retirar distância crítica
- A detecção de um erro varia consoante se trabalhe só ou em grupo mas, no 1º caso, ainda que se possua um grande auto-controle, convem sempre pedir o feed-back de terceiros.
- Na prevenção de erros, sublinha-se a importância de equacionar à priori  vários cenários possíveis mantendo, não obstante, a abertura à novidade/imprevisto, com capacidade de improvisação; a cautela não deve apagar a necessária ousadia.
Mesas-redondas com Stela Barbieri
- “Não se fazem C.V.s com os nossos erros, só com as nossas glórias”…
- O erro tem a ver com expectativas
- O erro tem dupla potência, positiva e negativa
- É importante distinguir entre julgamento (com o que tem de apriorismos) e avaliação
- Errar não é falhar, falhar acontece se nada se faz mais
- Importante amadurecer o conceito de “errância”, que não é linear
- O erro pode ser possibilidade de aproximação - se o grupo a quem se expõe não é cruel e não se aproveita de quem se expôs ao contá-lo.


E com esta me fico.
Feliz Natal para todos!
Ana Leitão

P.S.- Talvez não saibam mas a ReCose construiu, no final desta apresentação, uma teia de afectos lindíssima. Dizem que a ideia partiu de um eventual erro…

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