Debate com John Falk e Maria Vlachou
p’rá outra margem (bis)
um desafio, pairando sobre o rio...”
(Jafumega, in “Ribeira”)
Bastante consensual (creio) nessa abordagem foi a verificação de que numa ponte “as fundações são muito importantes em ambas as margens mas passamos muito tempo e com muitos experts a planear a fundação do lado institucional mas quase nenhum tempo e com muito menos recursos o fazemos do outro lado - do visitante” (Falk).
Stela Barbieri desdramatizou esta metáfora com uma frescura muito própria centrando a questão existencialmente nas pessoas (dos potenciais visitantes aos mediadores). E na sua voz melodiosa, interpelou John Falk: “Se eu quiser dançar consigo tento adaptar-me, se quiser abraçá-lo, também”. Adorei, confesso. Talvez por estar constipada e não estar dada a grandes voos.
Pontos tão ou mais importantes? Claro que os houve, mas ou me arrisco a fazer um comentário como o de ontem em que deixo todos de língua de fora com o esforço de não preterir uns em detrimento de outros, ou terão que se contentar hoje com isto.
A ponte ideal talvez, mas há laços, em construção permanente, nos nossos trabalhos com e como públicos, lembrou Susana Gomes da Silva, que sugeriu a existência de uma outra ponte a construir, interna, nas equipas dos próprios museus.
Falk, que introduziu a dita metáfora, não obstante uma resposta menos feliz a uma intervenção que sonhava com a mudança do mundo -“essa é a sua agenda, não a do visitante”- , apresentou várias sugestões simples e perfeitamente exequíveis para mediadores ( e sem gastos em tempo de crise):
. “podemos perguntar aos visitantes:
- tenho estes tópicos para tratar, quais vos interessam mais? - ou - estava a pensar em 2 ou 3 abordagens, qual preferem?”
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